segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Observando e pensando.

Hoje de novo observei a paisagem. Senti talvez, a mesma sensação que venho sentido há um tempo. Tive as mesmas dúvidas, os mesmos medos. Olhava pro horizonte, pro sol se pondo e lembrei dos dias escuros que tive, onde tudo parecia ser diferente. Tenho dúvidas e medos ainda, mas tenho pensado e agido de uma forma muito diferente e tenho tido risos bem mais duradouros que antes. Meus dias são mais risonhos, apesar de alguns problemas cotidianos. Um dia, eu me via encurralada num labirinto sem fim de dor e sofrimento. Um dia eu poderia jurar que minha vida seria eternamente infeliz e que as coisas nunca passariam a dar certo. Hoje em dia, nem tudo dá certo, mas ainda assim, essas dúvidas e medos, esses problemas cotidianos, não conseguem estragar minha atual condição. Tenho medo, muito medo, de futuramente não poder ser feliz como agora, mas isso não me afeta. Estou no ápice da juventude, na época das inconsequências, ainda longe de responsabilidades, mas sabendo que logo terei que as assumir. Agora, não me preocupo com nada além de viver. Tenho vivido livremente e feliz, com as pessoas que amo ao meu lado e sentindo-me infinita por vezes. Seria demais pedir a vida para que me mantivesse assim, jovem para sempre? Envelhecer talvez seja um medo que todos tem. Essa fase, tão boa, não deveria passar. Trabalhar, virar mais um operário desse mundo capitalista, alienado pelo consumo desenfreado é um estilo de vida que não me agrada agora. Talvez que não me agrade nunca, mas que serei obrigada a viver. Por enquanto, vou vivendo assim, nas inconsequências da juventude.

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