sábado, 22 de dezembro de 2012

Fantasmas e herois.

É sempre tão dificil quando estou sozinha assim, como agora. Tenho sempre a sensação de estar fazendo o errado pra minha vida, de que poderia estar em qualquer outro lugar e com qualquer outra pessoa nesse momento, que não aqui, sozinha, no meu quarto, praticando a decadência de ouvir indie rock melancólico.
Eu só queria agora estar perto das pessoas que eu amo, rindo verdadeiramente, como eu fazia a alguns anos atrás. O tempo me afastou dessas pessoas e, infelizmente, sei que nada jamais será como antes. O amor nunca mudará, mas cada um segue seus rumos. Essa é a vida, sempre tão injusta e sem sentido.
Ás vezes penso que não pensar e não questionar a vida é bem mais fácil. Ainda acho que chegarei a loucura com todos esses pensamentos.
Talvez o melhor para se fazer agora é dormir. Há quase sempre a certeza, quando vamos dormir, que no dia seguinte, ao acordar, tudo estará melhor. E provavelmente estará, até que eu fique sozinha novamente, no meu quarto, ouvindo mais uma de minhas musicas melancolicas e reflexivas e comece a pensar no quão tão sem sentido é a vida.
"Fantasmas que assombram a alma, onde estão os heróis agora? Ei, herois, anceio por vocês, me salvem, tirem esses fantasmas, eu quero a paz, eu quero as asas pra voar, eu quero as cores do riso para gargalhar em noites estreladas em frente ao mar, eu quero deitar em algum sofá e não reclamar por ser uma cama, eu quero acordar de manhã, me olhar no espelho e simplesmente me sentir bem no meu natural, e sair de casa assim, rindo aos ares, transmitindo energias positivas em todos os cantos por onde eu passo. Ei, herois, me salvem, eu to me afogando e faz muito tempo. Eu sei que vocês pertencem a mim. Uma parte minha é composta por fantasmas e a outra por herois. Mas a parte boa está camuflada. Estou perdida. Esse tunel tem uma luz, bem lá no fim. Vou caminhar. Vou caminhando e cansando, com falta de ar, desacostumada com essas longas caminhadas. Mas uma hora chego. A luz lá no fim, sufocará os fantasmas, dará lugar aos herois, que serão libertos, me salvando desse inferno que criei.
Só quero a luz."
E, mais uma vez, vou dormir, na esperança de acordar melhor.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Medos. Vontades. Anseio por viver.

Liguei o som no youtube e comecei a ouvir uma canção do David Bowie... E assim começaram as reflexões a respeito da vida. Tenho quase 17 anos. Sou muito jovem ainda. Tenho muito o que viver. Mas o tempo passa muito rápido e aos poucos estou perto de assumir responsabilidades e me tornar uma adulta, embora jovem. Essas coisas chegam a assustar. É aquela fase da vida que temos que decidir o que vai ser da nossa vida, pois tudo depende do agora. Mas é aquela fase que estamos perdidos. Tenho algumas idéias vagas. Queria viver de arte. Viajar. Fugir da realidade. Expressar meus sentimentos. Viver intensamente. Mas como posso unir tudo isso e ao mesmo tempo ter um trabalho pra me sustentar? Quero ser livre, vagar pelo mundo como um viajante dos séculos passados, descobrindo novos continentes. Quero ser a revolução. Mas como farei tudo isso na minha vida? Sou jovem, tenho muito o que viver ainda. Tenho uma faculdade a fazer, que eu não sei exatamente qual. Vou me formar e vou procurar algum emprego. Certamente acharei. Morarei em algum lugar em alguma metropole e ficarei desejando viagens, lugares novos, mas certamente estarei presa em algum emprego e não terei dinheiro o suficiente, e sempre que estiver prester a ter coragem de enfrentar novas aventuras, as pessoas irão me desencorajar. Aí vou querer escrever um livro, porque  é o meu maior sonho, e uma hora eu vou conseguir. Um dia esse mundo terá uma arte a mais, que será fruto de minhas expressões. E espero deixar pelo menos isso quando um dia eu, enfim partir. Eu vou tentar, tentar e tentar. Ler muitos livros. Assistir filmes. Juntar ideias e embaralhar tudo na mente. Rascunhar histórias. Rascunhar histórias que eu gostaria de viver. Mundos que eu gostaria de conhecer. Criaturas fantasticas e mitologicas que poderiam transformar nosso mundo pacato em algo cheio de aventuras. E eu vou ter que ter coragem. Eu tenho que ter coragem de me aventurar no que esse mundo oferece, mesmo sem ter criaturas mitologicas e viagens no tempo. Um dia espero envelhecer e olhar pra trás tendo certeza que vivi intensamente cada momento da minha vida. Mas como é viver intensamente? Até agora não posso dizer que minha vida valeu a pena. Me sinto a maioria do tempo presa a essa rotina, a esse lugar, a essas pessoas. Como diria Renato Russo: "Eu sou um passaro e me trancam na gaiola, mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito." Essa frase me descreve perfeitamente. Tudo prende as pessoas. Quando não são os pais durante a adolescencia, é a vida adulta que nos é estipulada de trabalho e consumo. Acho que a vida nunca vai estar cem por cento boa. Talvez viver intensamente, é aproveitar os pequenos momentos e esquecer os noventa e nove porcento de coisas erradas. Fechar os olhos para os erros. Ser ignorante em relação a tudo isso. Esquecer o que os outros falam. Olhar sempre para a frente, pro horizonte. Deixar o passado lá atras, junto com todos esses erros que transformam a vida em um caos.
Talvez eu saiba o que é felicidade e o que eu preciso pra ser feliz. Na verdade todos sabem, pois o fundo da sua alma está o tempo inteiro gritando o que precisa. Mas a gente ignora. A gente ignora, porque sabe que é dificil demais saciar a alma, sorrir aos ares verdadeiramente. A gente sofre, porque essa é a melhor opção.
A musica parou e dei replay. Ela me da vontade de viver. È, é isso que eu preciso. Viver. Não apenas existir,

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

I'm going to changes.

E eu venho a dias, ou melhor, meses, insatisfeita com a realidade, cansada de tudo e de todos, querendo tomar decisões, porém sem coragem. Mas uma hora a gente precisa acordar, despertar do pesadelo e buscar, de todas as formas possíveis, pela felicidade. A verdade é que nunca estaremos satisfeitos e totalmente felizes, mas isso é viver, é a busca incessante pela felicidade. E eu tenho deixado coisas para trás nesses ultimos dias, tenho pensado a respeito de como devo ser, como devo agir e o que é melhor pra mim, por mais que tudo tenha seus lados negativos, é a hora da mudança, a hora de dar um passo maior e subir um degrau, pois sei que uma hora vou me aproximar do topo e poderei, finalmente, olhar pra trás e pensar: "valeu a pena".
Um dia, quem sabe eu entenda tudo o que ja passei e o que tenho passado, que todas as decepções e tropeços me sirvam de amadurecimento e que, todas as pessoas que ficaram para trás, me tragam algum tipo de conhecimento a respeito da vida. Que eu possa, enxergar atraves dos anos, beleza nas coisas e nas pessoas. Que eu possa ser um alguem melhor. E eu sei que eu hei de ser.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O curandeiro de corações.

Um dia acreditou no amor, foi boa e viveu do riso, mas a vida lhe foi injusta e teve que aprender a conviver com a dor... Muitos anos se passaram, o que era doce ficou amargo, o que era fácil, ficou difícil, o que era bom, ficou mau. Todos os anos dedicados em tentar converter a situação, foram jogados em um buraco negro, sendo assim, em vão. Todas as lágrimas derramadas, a fizeram se afogar no mar agitado de seu proprio mundo e todos os risos forçados, a enforcaram e a sufocaram.
Mas um dia, em meio aos acontecimentos acelerados da vida, em meio aos minutos que voam como aves desesperadas em busca de alimentos, conheceu um curandeiro de corações. Soava estranho esse nome, mas era assim que ele se identificava: "Estou aqui para deixar as pessoas bem e enxergarem a vida de uma maneira mais bela". E ela ria, ria ironicamente. Desde quando poderia existir beleza em um mundo tão imundo como o que nós vivemos? Mas o curandeiro de corações insistia nas suas palavras e dizia quase que repetidamente para ela aprender a viver de verdade. E ela, já com seus olhos marejados do horror do mundo, tentou enchergar as tais das coisas belas. Seu coração queria ser liberto, seu corpo queria se desafogar, mas ela tinha medo, muito medo. Vivera por tantos anos dessa maneira, que havia se acostumado.
O curandeiro, já cansado de tentar a convencer com palavras, decidiu a levar para um campo montanhoso, onde haviam muitas árvores floridas, muitos pássaros cantando e uma sensação de paz inexplicável. Sentiu o cheiro de grama molhada, sentiu a melodia suave do vento que soprava em seu rosto, sentiu a tal da paz. Longe de tudo, de todos, longe de todas as pessoas que correm apressadas contra seu destino, que vivem por si mesmas, ela pode enchegar uma das belezas.
Então, o curandeiro foi mais além... Pediu para que ela tentasse enxergar um campo montanhoso e belo dentro do seu coração e comparou sua alma como um sopro suave de vento. Um dia, ela se recordou, seu coração tinha as tais das flores, dos pássaros e dos campos. Mas fazia tanto, tanto tempo! E começou a se recordar de como era bom, se recordou de como via o mundo, se recordou do que era amor. E sentiu saudade, muita saudade.
Pediu ao mestre dos corações que a ajudasse a ser assim novamente, desejou do fundo do seu coração, que poderia ser comparado a um habismo inabitado naquele momento, que ele voltasse a ser um campo montanhoso e florido.
A mudança já havia começado, ela desejava ser feliz, havia perdido o medo que a perseguiu por anos e o curandeiro, satisfeito sorriu. E ela sorriu, riu, gargalhou... Dessa vez não havia sido forçado e nem ironico. Foi verdadeiro. Foi a prova de que a felicidade ainda existia, por mais que a dor tivesse prevalecido por anos.
Hoje, o curandeiro anda perambulando por aí, tentando mudar outros corações. E ela aprendeu a lição, sorrindo aos ares quase que o tempo inteiro. E ela aprendeu a ser feliz.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

E se...?


O vento bate no rosto, o horizonte enche minha visão. Olho, olho novamente e procuro, em meio às luzes da cidade, uma razão. Trago as emoções, solto a tristeza e a fumaça se espalha pelo ar, juntamente com os sentimentos, aqueles tais sentimentos confusos que embaralham a mente, que dão vida nova a visão, que afastam as razões para sorrir. E se talvez, eu saísse por essa porta e nunca mais voltasse? Abandonaria aqui, as dores do passado, a tempestade de duvidas e a ventania de indecisões. Abandonaria qualquer razão que me faz travar diante de situações do cotidiano. Abandonaria as correntes que me prendem a rotina caótica. E se eu vivesse com a alma e esquecesse tudo que é constituído por matérias?
Então olho novamente para o horizonte, tento achar uma razão, mas tudo que encontro é a indecisão e o medo de partir.

Eco.

"Um rosto na escuridão.
Uma alma na contramão.
Problemas sem solução.
Uma vida vivida em vão."

Tempo...

“Queria abrir mais meu coração, mas não consigo. Juro que já tentei, mas tá congelado. Diga-me: porque você fez isso comigo? Você me fez de boba e me decepcionou tanto que agora estou aqui, sozinha no meu quarto, escrevendo rascunhos de textos e tentando encontrar uma solução pra essa frieza que me invade. (…) Tomo um gole de café, olho para o teto e suspiro, afinal, nada vai passar assim tão rápido. Você me tirou a esperança de que as pessoas são boas. Mas eu irei superar. Eu sei que irei, nem que isso demore.
A chama do meu coração novamente acenderá e todo esse gelo descongelará. E as decepções que você me causou? Irão sumir, se esvair dos meus pensamentos.”

Devaneios.

“- Porque andas tão distante?
- Distante? Quem disse?
- Eu vejo teu olhar a vagar ao infinito.
- Estou apenas a sonhar, a imaginar qualquer coisa que não seja esta realidade massacrante.”

Nada é para sempre.

“Um dia, então, ela viu aquela brisa suave do amor se afastar e começou a sentir a ventania do ódio, do amargo ódio, invadir seu ser. Ela lutou contra isso, mas as decepções cotidianas contribuiram para que o amor não mais voltasse. Mas o amor retornou um dia, porque nada é para sempre, nem mesmo a ventania do ódio, nem mesmo a calmaria do amor.”
Sabe aquela vontade súbita de sair pelo mundo procurando por coisas novas, diferentes? De sair por aí conhecendo todas as pessoas possíves? É, essa vontade está me dominando. Quero conhecer o mundo, quero ser livre dessa rotina que me prende aqui.